Um atentado a bomba ocorrido na manhã desta segunda-feira (08/08) em Quetta, na Província do Balochistão, no Oeste do Paquistão, causou a morte de pelo menos 70 pessoas e deixou outras 100 feridas, das quais 15 em estado grave. O ataque foi contra um hospital e até o momento nenhum grupo assumiu a autoria.
De acordo com informações das principais agências internacionais, suspeitos entraram no hospital com explosivos atados ao próprio corpo e se dirigiram para várias alas do hospital, tendo as detonações acontecido simultaneamente, com o objetivo de fazer um grande número de vítimas.
Fontes policiais, que preferiram não se identificar, disseram que o corpo de um advogado assassinato por extremistas havia sido levado momentos antes do ataque, mas eles não souberam dizer se existe alguma ligação entre os dois casos.
Equipes de emergência e membros das Forças de Segurança do Paquistão foram mobilizadas e enviadas para o local, que se encontra isolado e cercado. As pessoas que estão nas imediações estão sendo identificadas ante de saírem.
O ministro da Saúde da Província do Balochistão, Rehmat Saleh Baloch, disse agora a pouco que o número de vítimas deve aumentar nas próximas horas, porque ainda existem muitas pessoas sob os escombros.
“Há muitos feridos, então o número de mortos pode subir“, afirmou Rehmat Saleh Baloch em entrevista exclusiva concedida agência France Presse.
As explosões ocorreram por volta das 09h35min (horário local) e as 02h35min (horário de Brasília), em um momento em que muitos advogados e jornalistas estavam no hospital, após o assassinato do advogado Bilal Anwar Kasi, presidente do Colegiado de Advogados do Balochistão, morto por extremistas ainda não identificados.
As imagens das emissoras de TV do Paquistão são muito fortes, e mostram corpos no chão, pessoas fugindo do local em pânico, fumaça nos corredores do hospital e muito sangue espalhado pelo chão.
O chefe de governo do Balochistão, Sanaullah Zehri, disse que o ataque é na realidade um ato terrorista, e que os responsáveis serão identificados, julgados e sentenciados a morte.
Entre as vítimas deste ataque há pacientes que estavam internados, médicos, enfermeiras, seguranças, entre outras pessoas que estavam nas imediações, incluindo familiares de pacientes.
O primeiro-ministro do Paquistão, Muhammada Nawaz Sharif, condenou o ataque ao hospital e decretou estado de emergência em todos os estabelecimentos de saúde do país.
“Ninguém é autorizado a perturbar a paz na província, que foi restaurada graças aos inúmeros sacrifícios das forças de segurança, da polícia e do povo do Balochistão“, disse o primeiro-ministro a CNN.
Com informações das Agências France Presse e Reuters