Frente a frente com um sonho

O peão e o Doutor - Foto: Divulgação

O peão e o Doutor – Foto: Divulgação

Você fazia dos dias ruins dias tão maravilhosos

Eu adorei brincar de ser feliz

Que pena que acabou, foi bom enquanto durou

As ferias terminarão e pra casa “cê” voltou

Dessa vez quem vai atras sou eu

no próximo ônibus embarco

Vou chamar ela pra juntar os trapos

Eu não tive coragem de bater na porta

Vi pela janela um cara de jaleco branco

chamando ela de amor

Como teve coragem?

Trocou o peão pelo doutor! (O peão e o Doutor – Ramiro e Rafael)

Foto: Divulgação

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Considero que a música sertaneja tenha surgido em 1929 seguindo as ações de Cornélio Pires que gravava “causos” e fragmentos de cantos tradicionais rurais da região cultural caipira. O gênero se caracteriza pelas letras que ofertam ênfase ao cotidiano e na maneira de cantar. Hoje, comento sobre uma dupla que justamente traz o tradicional da música sertaneja assim como ela foi concebida se baseando em um duo baseado em um tenor e uso alternado de alta impedância e tensão vocal de voz nasal e agudos abertos. Assim a dupla, Ramiro e Rafael, incorpora o elemento estilístico de gênero disseminado pela indústria musical, embora não esqueçam da roupagem e o conteúdo temático da verdadeira música sertaneja fazendo com que o tradicional e o moderno coexistam harmonicamente. O repertório no boteco de músicas sertanejas de raiz de duplas consagradas e ganhou canções autorais como “O Peão e O Doutor”, que falam de amor e de corações dilacerados, mas também trazem em seu repertório outras músicas que apostam no humor pra contar rotina dos universitários.

Recebi para uma visita esta semana, regada a uma moqueca de peixe, estilo bem pantaneiro, no Parque de exposições Manoel Antônio Paes de Barros, em Aquidauana, aonde a dupla Ramiro e Rafael, violão e viola, se apresentarão na próxima sexta feira, durante os festejos de aniversário, da cidade considerada Portal do Pantanal. E Rafael dizia: A gente começou na nossa cidade, brincando, sem pretensão nenhuma. Cada um tinha o seu trabalho e a música era só um hobby, mas aí a coisa foi ganhando fama e ficamos conhecidos na cidade, então surgiu a vontade de alçar novos voos. Nessa época a gente fez um caixa com o dinheiro que ganhava tocando e isso ajudou na mudança pra capital, aonde inclusive fica a central de atendimentos para eventos através do fone 67 999871146-Dieguinho

Da mesma forma pensa Ramiro, nascido Almir Ramiro, natural de Naviraí primeira voz, filho de Antônio Ramiro e Joana, lembra com saudade os tempos de sítio e contou que precisava andar mais de 5 quilômetros de bicicleta para ir aprender tocar viola. Já Paulo Rafael Subtil – violão e segunda voz, filho de Nilson Subtil e Cleonice, teve um começo um pouco diferente, arrebentando várias vezes as cordas do violão durante seu aprendizado, mas como ele mesmo disse, não foi isso que me desanimou, e hoje toco com carinho nas cordas pois elas já me conhecem. E nestes primeiros passos não esquecem do irmão Luciney Ramiro, o grande incentivador da dupla e justamente quem usou as palavras do filme “A procura da Felicidade” como canção: Nunca deixe ninguém dizer que você não pode fazer alguma coisa. Se você tem um sonho, tem que correr atrás dele. As pessoas não conseguem vencer, e dizem que você também não vai vencer. Se quer alguma coisa, corre atrás. E certamente é esse o grande legado da dupla… emoção, coração e fé.

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