Rose Modesto poderá ser a primeira prefeita eleita de Campo Grande

Vice-governadora foi escolhida como candidata do PSDB em convenção, no último sábado (30).

Vice-Governadora Rose Modesto - Foto: Marco Miatelo

Vice-Governadora Rose Modesto – Foto: Marco Miatelo

Rose Modesto tem chances de se tornar a primeira prefeita eleita na história de Campo Grande. A vice-governadora de Mato Grosso do Sul foi escolhida como candidata do PSDB à Prefeitura da Capital com 96% dos votos dos membros dos diretórios municipal e estadual, em convenção realizada no sábado (30), no Rádio Clube Campo.

Diante de um ginásio lotado, emocionada, a candidata firmou compromisso de implementar uma “nova política dos homens e mulheres de bem”, ouvindo as pessoas e trabalhando pela população. “Campo Grande precisa de um projeto consistente para unir todos os partidos, cada um oferecendo o seu melhor”, acrescentou. Rose tem apoio de sete partidos, da coligação Juntos Por Campo Grande (PSDB-PR-PSB-PDT-SD-PRB-PSL).

O número de mulheres na política brasileira é baixo se comparado a outros países. O Brasil ocupa o 156º lugar em um ranking de 188 nações sobre igualdade de gêneros na política, realizado pela União Interparlamentar.

Campo Grande já teve uma prefeita, mas ela não foi eleita democraticamente. Nelly Bacha foi nomeada por Wilson Barbosa Martins, então governador de Mato Grosso do Sul. Exerceu o cargo em um curto período de tempo: 14 de março a 20 de maio de 1983. Caso eleita, Rose será a primeira mulher escolhida pelo voto popular para o cargo.

Em sua gestão como vereadora e secretária da Sedhast, a candidata demonstrou comprometimento em trabalhar em causas da igualdade de gênero e, especialmente, no combate à violência doméstica.

Mais de 295 mil pessoas foram alcançadas em 79 ações da Subsecretaria da Mulher, da Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), do Governo do Estado.Rodas de conversa, encontros temáticos e ações específicas elevaram em mais de 80% o atendimento na nova sede do Centro de Atendimento à Mulher (CEAM), inaugurado em 2015.

Biografia

Caçula de cinco irmãos e filha de agricultores, Rose nasceu em Culturama, distrito de Fátima do Sul, e mudou-se para Campo Grande em 1984, em busca de oportunidade de estudo. Aos 21 anos conquistou seu diploma de bacharel em História, pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Foi aluna bolsista, pois sua família não dispunha de recursos financeiros para sua formação profissional.

Com o diploma em mãos, tornou-se professora, e conheceu de perto a realidade da Educação campo-grandense, tendo lecionado em seis escolas municipais e uma estadual, em diferentes bairros da Capital.

Ciente das dificuldades enfrentadas pelos usuários do ensino público, Rose concorreu, em 2008, ao cargo de vereadora de Campo Grande e se elegeu com 7.536 votos. Em 2012, se reelegeu, sendo a segunda candidata mais votada, com 10.813 votos.

Em sua trajetória na Câmara dos Vereadores, esteve à frente de projetos de lei em defesa das mulheres, na promoção da inclusão de pessoas com deficiências, contra a violência doméstica e no enfrentamento contra o bullying nas escolas.

Em 2014, Rose foi eleita vice-governadora de Mato Grosso do Sul ao lado de Reinaldo Azambuja e, no ano seguinte, acumulou o cargo de secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast).

Na sua gestão, foram realizadas 13.320 mil ações em 15 meses de trabalho, o que resultou em 1,023 milhão de pessoas atendidas. Entre os principais projetos, destaca-se o Rede Solidária que, em seu lançamento, contou com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A primeira escola em que a candidata lecionou foi justamente no bairro em que foi implantada a primeira unidade do projeto que, em parceria com a Funtrab, capacitou mais de 1,1 mil cidadãos, aliando qualificação e apoio na melhoria da renda.

Rose foi bolsista em sua formação universitária e, com o Programa Vale Universidade, ampliou em 500 novas vagas a oportunidade de acesso ao ensino superior por meio do apoio de 90% concedido pelo Governo do Estado. Mais de 2 mil acadêmicos são beneficiados pela ação que também contempla a comunidade indígena de Mato Grosso do Sul.

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