Uma série de bombardeios aéreos ocorridos nesta sexta-feira (27/05) na cidade de Aleppo, no Norte da Síria, causou a morte de pelo menos 34 civis e deixou outros 54 feridos. A maioria das vítimas é formada por crianças e mulheres.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, os ataques em Aleppo ocorridos entre os dias 23 de abril a 24 de maio deste ano causou a morte de 300 civis, a maioria mulheres e crianças.
Por causa dos constantes ataques contra a cidade, feitos tanto por rebeldes como por militares do Exército Sírio, a população civil já começa a deixar a cidade.
Jornalistas estrangeiros que cobre a Guerra Civil na Síria disseram que já é possível ver uma grande concentração de pessoas saindo da região, sendo que muitos se dirigem ao litoral, no Mar Mediterrâneo, com o objetivo de entrar em barcos para tentar chegar a Europa.
Os ataques de hoje em Aleppo atingiu uma padaria que fica localizada no Bairro de Hreitan, Região Norte da cidade, causando a morte de nove pessoas que estavam no estabelecimento comercial para comprar comida.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, capital da Inglaterra, informou que no ataque de hoje foram utilizados aviões, helicópteros e artilharia pesada. Bairros que até o momento não haviam sido bombardeados, também foram atacados.
Quatro crianças morreram quando um barril de explosivos, lançado por um helicóptero do Exército Sírio, atingiu a casa onde estavam brincando. Na explosão, três adultos que também estavam na residência morreram.
Um jovem de 22 anos e cinco crianças com idades entre 9 a 15 anos, morreram durante um bombardeio aéreo contra os bairros de Yaqued al Ades, Tariq al Bab e Auram al Kubra.
Já no Bairro de Anda, Região Norte da cidade, um idoso morreu ao ser atingido por disparos de artilharia. O corpo da vítima permanece caído no chão.
Médicos que ainda permanecem na cidade, apesar do alto risco, informaram que a estas vítimas se somam quatro menores de idade, cinco mulheres e quatro homens, que morreram quando suas casas, localizadas no Bairro de Kalyibri, foram atingidas por foguetes, provavelmente disparados por jihadistas do Estado Islâmico (EI).
O início de maio deste ano, Rússia, Síria e Estados Unidos firmaram uma trégua por uma semana, mas os ataques e bombardeios aéreos não cessaram, e tanto autoridades russas quanto sírias, disseram que estavam combatendo os jihadistas do EI.
Analistas, no entanto, acreditam que os ataques eram contra os rebeldes, que tentam derrubar do poder o presidente/ditador sírio, Bashar Al-Assad.
Com informações das Agências Reuters e AFP