Pesquisador destaca produtividade da soja e recomendações para próxima safra

Resultados de estudos feitos ao longo da última safra foram apresentados pela Fundação MS nesta sexta-feira.

Pesquisador Carlos Pitol

Pesquisador Carlos Pitol

Cultivares de soja com maior produtividade na última safra e recomendações para o próximo plantio foram temas abordados durante a apresentação de resultados de pesquisas sobre soja, realizada pela Fundação MS em parceria com o Senar/MS. A ação foi realizada nesta sexta-feira, no auditório da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS – e contou com a participação de produtores, técnicos e acadêmicos.

O pesquisador de fitotecnia soja da Fundação MS, Carlos Pitol, deu exemplos de variedades de soja que apresentaram bom potencial produtivo na última safra e falou sobre a influência das condições climáticas, de solo, e época de semeadura na produtividade do grão em Mato Grosso do Sul. “Houve chuvas acima da média durante todo o ciclo, e isso ocasionou algumas perdas”, confirma.

Pesquisador José Fernando Grigolli

Pesquisador José Fernando Grigolli

De acordo com dados divulgados pela Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja de MS, houve recorde de produção na última safra, com 7,6 milhões de toneladas colhidas. No entanto, por conta das chuvas, foi registrada redução de quase 10% na produtividade de algumas lavouras.

Já no final de janeiro, houve período de veranico. Mesmo assim, a produtividade média da soja no Estado conseguiu manter o patamar de 53 sc/ha. Já algumas tecnologias testadas pela Fundação MS conseguiram ultrapassar esse número, chegando a uma produtividade média de até 65 sc/ha em Rio Brilhante, por exemplo. Em outras cidades, como Caarapó, Maracaju e Campo Grande, determinadas variedades apresentaram média de 64,4 sc/ha, 62,6 sc/ha e 60,5 sc/ha.

A BRS 388 RR foi novamente, assim como em outras safras, uma das cultivares citadas, que possui alto potencial produtivo e excelente estabilidade em diferentes épocas de semeadura e ambientes de produção. Além disso, a cultivar é resistente a algumas doenças, como cancro de haste. No entanto, mostra-se suscetível ao Nematoide de galha, o que inspira cuidados do sojicultor. A soja intacta também é uma das opções. No caso, a cultivar TEC 7849 IPRO foi uma das que foram estudadas nos experimentos. De acordo com Pitol, a tecnologia é indicada, principalmente, para a região de Campo Grande e norte do Estado.

Entre as recomendações para a próxima safra, Pitol destaca que o sojicultor deve ficar atento às previsões climáticas. “É importante, também, implantar a lavoura com escalonamento de semeadura e colheita. O recomendado é o que plantio seja feito entre 25/09 e 30/11, mas a melhor opção seria entre 01/10 e 20/11”, explica.

Pesquisador Douglas Gitti – Foto: Divulgação

Pesquisador Douglas Gitti – Foto: Divulgação

Nutrição de Plantas e Técnicas para o aumento de produtividade também foi tema abordado durante a apresentação, por meio de palestra ministrada pelo pesquisador Douglas Gitti. E sobre o controle de pragas e doenças na soja, bem como os aspectos fitossanitários, o responsável pela explicação foi o pesquisador José Fernando Grigolli.

“Foram feitos testes com diversos produtos em situações distintas, objetivando o melhor posicionamento de cada um deles, reduzindo o risco inadequado dos produtos. Isso tudo leva os produtores a um cenário favorável de manejo, diminuindo o impacto na natureza. Consequentemente, as perdas de produção tendem a diminuir em função desses ataques”, alega Grigolli, que enfatizou, ainda, a questão da adubação realizada e a escolha do material genético utilizado, fatores que influenciam diretamente nos índices de produtividade.

Serviço – O circuito percorre, ainda, outras cidades até o fim do mês: Rio Brilhante (24/05), Bonito (25/05) e Amambai (31/05). Outras informações, bem como programação completa das apresentações, podem ser obtidas pelo site www.fundacaoms.org.br ou pelo telefone (67) 3454-2631.

Fonte: Sato Comunicação

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