Mato Grosso do Sul atende a 23% do que é exportado pela Cota Hilton

JBS lança na capital do bezerro de qualidade Cartilha do Bezerro Cota Hilton, que incentivará pecuaristas a atingirem a meta anual de exportação.

Foto: Divulgação

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No último ano os frigoríficos brasileiros embarcaram para a Europa, por meio da Cota Hilton, 80% do total da meta anual de 10 mil toneladas de carne bovina, sendo que Mato Grosso do Sul contribuiu com 23% desse total. A afirmação do proprietário da Fazenda 3R, Rubens Catenacci, mostra a necessidade dos criadores elevarem a qualidade da proteína produzida, para atender o déficit nas exportações. A Fazenda, juntamente com o grupo JBS e o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (SBC), lançaram na noite desta quarta-feira (18), durante a abertura da Exposição Agropecuária de Camapuã (MS), uma cartilha de instruções para incentivar os produtores de bezerros a adequarem seus animais à Cota, garantindo no mercado internacional valorização ao produto.

“O produtor precisa ter na cabeça que não basta produzir um bom animal, mas que é preciso atender a algumas regras e fazer todo esse trabalho para que ele possa estar incluído nesses mercados tão exigentes, recebendo mais por isso”, destacou o diretor de relacionamentos com os pecuaristas e sustentabilidade do JBS, Fábio Dias, ao explicar que são acrescentados R$ 4 por arroba, podendo resultar em até R$ 80 a mais por cabeça, em comparação ao que é pago no mercado.

A cartilha, lançada pelo JBS, resume as implicações da Cota Hilton para o produtor de bezerros. “Nunca nos dedicamos a conversar com os produtores de bezerro. Foi uma falha nossa”, disse Dias. O administrador da Fazenda 3R e prefeito de Figueirão, Rogério Rosalin, salientou a necessidade em valorizar o trabalho do criador de bezerros. “O frigorífico nunca se atentou ao produtor de bezerros, que é o responsável pela matéria-prima. Se a matéria-prima vem com qualidade para a indústria, ela precisa ser bem remunerada”, pontuou Rosalin.

A finalidade do incentivo à Cota Hilton é estimular o produtor rural a entregar mais qualidade na indústria, contribuindo com o consumidor final e com os níveis adequados para exportação. “Precisamos produzir com qualidade e buscar cada vez mais remuneração pelo bezerro. Esse é o caminho que devemos seguir, já que Mato Grosso do Sul produz atualmente a melhor carne do Brasil”, destacou Catenacci.

Entenda a Cota Hilton

“Lançada pela rede europeia de hotéis Hilton, a Cota Hilton define parâmetros de qualidade, como a produção de carne de animais jovens com bom acabamento e muita qualidade, além de ter benefícios fiscais, resulta num preço melhor para o frigorífico”. Explicou durante o evento diretor do JBS, Fábio Dias.

“A Europa só quer saber disso. Com o animal cadastrado, o comprador poderá saber de toda a trajetória do bezerro. Precisamos participar da Cota Hilton, porque a carne vai valer muito mais”, ressaltou Catenacci, que é considerado o produtor dos melhores bezerros do Brasil.

De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a Cota Hilton compreende uma determinada quantidade de carne bovina fresca ou resfriada, cortes traseiros, sem ossos e com alto padrão de qualidade, destinada à exportação para a União Europeia.

Essa exportação é concedida anualmente a países produtores e exportadores de carnes. Entre eles estão credenciados: Brasil, Argentina, Uruguai, Austrália, Nova Zelândia, EUA e o Canadá. A cota anual para que esses países atendam 65,2 mil toneladas é fixa, sendo que a meta anual estipulada para o Brasil é de 10 mil toneladas.

Fonte: Rica Comunicação

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