Bombardeios continuam ocorrendo em Aleppo e Rússia pretende incluir cidade em trégua

Jovem sírio ajuda na retirada dos escombros de um prédio destruído em Tariq al-Bab, próximo a Aleppo, no Norte da Síria. Um cidadão inspecionou o local, que deverá ser demolido – Foto: Abdalrhman Ismail/ Reuters

Jovem sírio ajuda na retirada dos escombros de um prédio destruído em Tariq al-Bab, próximo a Aleppo, no Norte da Síria. Um cidadão inspecionou o local, que deverá ser demolido – Foto: Abdalrhman Ismail/ Reuters

O Governo da Rússia declarou neste domingo (1º de maio) que as negociações para incluir a cidade de Aleppo, que fica localizada no Norte da Síria, no Plano de Cessar-Fogo já estão sendo realizadas, mas que por enquanto os bombardeios aéreos continuam.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, a decisão de incluir a província síria na trégua foi tomada devido ao aumento significativo de mortes de civis, principalmente mulheres e crianças.

Segundo um alto funcionário do Ministério de Defesa da Rússia, que preferiu não se identificar, parte da cidade encontra-se em poder do Exército Sírio, outra em poder dos rebeldes, e uma terceira parte em poder dos jihadistas do Estado Islâmico.

Segundo este funcionário do ministério russo, os bombardeios aéreos ocorrem porque os militares e pilotos de aeronaves não sabem ao certo em qual região estão os jihadistas islâmicos.

“No momento, há um processo ativo de negociação que visa estabelecer um regime de trégua também na cidade de Aleppo, no Norte do país”, afirmou o funcionário russo.

O Papa Francisco disse em entrevista coletiva concedida a imprensa internacional, que o Norte da Síria vem sendo “castigado” por intensos confrontos, os quais costumam vitimar principalmente civis indefesos, especialmente crianças e mulheres. Ele fez um apelo para que o cessar-fogo seja cumprido por todas as nações e grupos envolvidos no conflito.

Na noite da última sexta-feira (29/04), o Exército Sírio anunciou uma trégua em várias regiões do país, mas no sábado (30/04) houve intensos combates e bombardeios aéreos em Aleppo.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), cuja sede fica localizada em Londres, capital da Inglaterra, informou que um cessar-fogo foi estabelecido na cidade de Damasco, capital da Síria, com a anuência dos Estados Unidos (EUA) e da Rússia, mas que em Aleppo os civis continuam contando com a própria sorte.

Dados estatísticos do OSDH, divulgados hoje, revelam que o número de mortes de civis em Aleppo aumentou significativamente, e que desde janeiro de 2016, já morreram cerca de 250 pessoas, principalmente mulheres e crianças.

Os bombardeios em Aleppo ocorridos nos últimos dias atingiram uma clínica medida, um templo religioso e o Hospital Al-Quds, apoiado pela Organização Médicos Sem Fronteiras, onde morreram 50 pessoas, entre pacientes e funcionários. No ataque morreu o último pediatra que atuava na região.

Com informações das Agências France Presse e Reuters

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