Bombardeio a hospital deixa 27 mortos e 52 feridos em Aleppo (Síria)

Menino sírio chora ao lado do corpo do pai, morto no ataque aéreo contra um hospital em Aleppo, na Síria, na noite desta quarta-feira (27/04). – Foto: Karam al-Masri/AFP

Menino sírio chora ao lado do corpo do pai, morto no ataque aéreo contra um hospital em Aleppo, na Síria, na noite desta quarta-feira (27/04). – Foto: Karam al-Masri/AFP

Um bombardeio aéreo ocorrido na noite desta quarta-feira (27/04) na cidade de Aleppo, no Norte da Síria, atingiu o Hospital Al Quds, e causou a morte de 27 pessoas, além de ter deixado outras 52 feridas. Entre as vítimas estão pacientes, enfermeiros e médicos, incluindo o último pediatra que cuidava de crianças feridas.

De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, o bombardeio foi realizado por forças governamentais. O ataque foi condenado pela Comunidade Internacional e pela Organização das Nações Unidas (ONU), que já admite a possibilidade de declarar que o Governo do presidente/ditador Bashar Al-Assad estaria cometendo genocídio contra a população civil síria.

Equipes de resgate trabalham arduamente para tentar retirar os corpos das vítimas fatais e, se possível, resgatar com vida algum sobrevivente que possam estar sob os escombros do prédio. O número de vítimas (mortos e feridos) deve aumentar nas próximas horas.

A emissora de TV Al Jazira informou agora a pouco que entre os mortos estão duas crianças, dois médicos, dois policiais sírios que faziam a segurança do local e quatro pacientes maiores de idade.

Testemunhas disseram que o prédio onde funcionava o hospital ficou completamente destruído, e que os equipamentos hospitalares ficaram inutilizados.

O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, disse que o ataque foi desumano, e que “muito provavelmente terminou com a vida do último pediatra na cidade de Aleppo”.

Segundo Staffan de Mistura, a ONU deverá pedir aos Estados Unidos e a Rússia que se unam para impedir o genocídio de civis sírios, caso contrário será inevitável uma intervenção militar no país.

“Acredito que seja oportuno e necessário que a Rússia e os Estados Unidos unam seus esforços para garantir uma nova trégua na Guerra Civil na Síria, para tentar salvá-la de um colapso total”, disse Staffan de Mistura.

O aumento das hostilidades na cidade de Aleppo ocorre porque jihadistas do Estado Islâmico encontram-se nas imediações, e os bombardeios aéreos feitos pela Síria, Estados Unidos e Rússia tem como alvo este grupo terrorista.

Rússia e o Governo da Síria, no entanto, aproveitam essa oportunidade para atacar os rebeldes que pedem a saída do poder de Bashar Al-Assad, que conta com o apoio do Governo Russo.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) com sede em Londres, capital da Inglaterra, informou que desde o dia 22 de abril deste ano que os ataques em Aleppo têm sido frequentes, e que pelo menos 107 civis já morreram nesta nova onda de violência, entre eles 20 crianças.

Testemunhas disseram que os bairros mais atingidos em Aleppo são: Al Mogair, Al Firdus, Al Sajur, Al Muasal, Bab al Neirab, Sukan Shababi e Al Ansari.

Com informações das Agências France Presse e Reuters

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo