Indígena afirma que Conselho Terena é dirigido pelo Cimi

O professor Vanderley Dias apontou que o Conselho Terena não foi criado pelos 44 caciques que representam os Terenas, Ofaié, Kinikinau e Kadweu e sim pelo advogado do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Luiz Henrique Eloy, Lindomar Ferreira e o professor Alberto. O terena Vanderley que foi ouvido nesta quarta, dia 26, na última oitiva da CPI do Cimi, apontou que a hierarquia na comunidade terena é sólida e não é qualquer um que pode ser intitulado como liderança.

O professor, que tem doutorado em história, explicou que o cacique é eleito pelos membros da aldeia, já as demais lideranças são escolhidas pelo próprio cacique. “O cacique é nosso líder máximo”, apontou. Vanderley apresentou documentos da formação do Conselho Terena e comentou que a ata foi feita posteriormente e assinada pelo atual advogado do Conselho Indigenista.

Vanderley apontou que alguns indígenas estão se colocando como liderança e estão fazendo reivindicações pela saúde, educação, inclusive em negociação de áreas. Ele afirma que a última solicitação dos caciques foi em dezembro de 2015, quando foi entregue diretamente ao governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, solicitações de áreas para indígenas.

O relator da CPI, o deputado estadual Paulo Corrêa (PR), propôs uma audiência pública, convidando os 44 caciques, para averiguar se esse Conselho representa essas etnias.

A presidente da CPI, a deputada Mara Caseiro (PSDB), leu uma carta escrita em 1991, pelo indígena Guarani Kaiowá Adair Goncalves Sanches, de Amambai, e colocou a mesma situação exposta por Vanderley Dias.

No próximo dia 11 está prevista a entrega do relatório final. A Comissão é composta pela presidente deputada Mara Caseiro, vice-presidente, deputado Marquinhos Trad (PSD) e o relator deputado Paulo Corrêa (PR). Ainda são membros os deputados Onevan de Matos (PSDB) e Pedro Kemp (PT).

Assessoria de Imprensa Aprosoja MS/ CPI do Cimi

Fonte: Sato Comunicação

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