Policiais Civis de Campo Grande (MS) ficam até 09 horas fazendo escolta de presos

Foto: Divulgação

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O feriado prolongado foi de muito trabalho para os policiais civis, o que resultou na prisão de dezenas de pessoas acusadas de crimes como tráfico, homicídio e violência doméstica.  Sendo necessária a realização da audiência de custódia no Fórum para liberar o preso para acompanhar o processo em liberdade ou para ser encaminhado ao presídio.

Na manhã desta segunda-feira (25), o Sinpol-MS registrou que 70 presos foram escoltados por oito policiais civis até o Fórum de Campo Grande. Situação irregular que configura desvio de função. “A escolta de presos é atribuição da Polícia Militar, contudo somos obrigados a fazer devido à falta de investimentos em ambas as instituições que sofrem com efetivo insuficiente”, afirmou o vice-presidente do Sinpol-MS, Paulo Queiroz.

Cinco vezes na semana, uma equipe de policiais civis faz a escolta de presos até o fórum. Em média cada audiência tem duração de 20 minutos, por isso a estimativa é que os oitos policiais civis saíam do prédio somente no final do expediente do órgão. Após isso, a mesma equipe ainda deve levar os presos para o IMOL para fazer exames periciais e depois entregá-los no presídio. “A equipe chegou ao Fórum às oito da manhã e não sabe que horas vai encerrar o plantão. Além da tensão e perigo de estarem escoltando presos em um lugar público, eles ainda estão sem almoço ou lanche”, declarou o sindicalista.

O Sinpol-MS estima que em Mato Grosso do Sul há o déficit de cerca de 600 policiais civis, mesmo com o número aquém do ideal, a categoria é forçada a fazer atribuições que não lhe compete e que prejudica o cumprimento de sua missão de investigar crimes e prender os autores.  “As horas que os policiais civis passam na custódia e escolta de presos deveriam ser utilizadas na repressão ao crime. O cidadão quer a resposta do crime que ele foi vítima, independentemente, se foi um furto de uma bicicleta ou um homicídio. O desvio de função e a falta de investimentos prejudicam o bom atendimento à necessidade da sociedade”, concluiu Queiroz. O sindicato informará o caso à Delegacia-Geral de Polícia Civil e a Secretaria de Justiça e Segurança Pública solicitando as providências cabíveis.

Leia em: http://www.sinpolms.org.br/leitura.php?id=8310

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