Rebelião na DP de Água Clara ressalta problema da custódia de presos nas delegacias

Foto: Divulgação

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Na tarde desta quinta-feira (07), os 24 presos custodiados na delegacia de Água Clara fizeram uma rebelião para pedir agilidade na transferência deles para cadeias públicas ou penitenciárias.  O prédio tem duas celas com capacidade para abrigar oito pessoas, contudo, constantemente está superlotado com pessoas presas por diversas passagens, sendo a maioria tráfico de drogas.

O Sinpol-MS diversas vezes denunciou a situação as autoridades competentes que, eventualmente amenizam a situação com as transferências de alguns presos, mas o problema volta a se repetir devido à falta de planejamento e investimento em Segurança Pública. “Historicamente, as medidas são adotadas para sanar o problema no momento, mas não há um planejamento, nem investimentos nos lugares certos. A rebelião demonstrou que o problema existe e que, até mesmo os presos, estão cansados desta situação”, declarou o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda.

Durante a rebelião, os detentos batiam nas grades, tentavam quebrar as paredes, xingavam os policiais civis e ameaçavam incendiar colchões e roupas caso o Ministério Público não os atendesse. “No momento do fato estavam na delegacia apenas um investigador e o delegado, foi necessário chamar os policiais civis que estavam de folga para dar suporte”, destacou o sindicalista. Um representante do Ministério Público esteve no local e acalmou os ânimos após conseguir a transferências de cinco pessoas para a penitenciária de Três Lagoas. Hoje (08), há 19 presos custodiados na delegacia de Água Clara, sendo um adolescente que está em uma cela separado dos adultos, contudo ele deve ser liberado nesta sexta-feira, pois não conseguiram vaga na UNEI.

As autoridades que compõem a Segurança Pública de MS se comprometeram a buscar uma solução para o fim da custódia de presos nas delegacias. Em 11 de abril, a Agepen deve apresentar um estudo sobre o planejamento da absorção gradual dos detentos a ser executado por completo até o final de 2018.

 

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