A instituição da Festa da Misericórdia

Padre João Marcos Polak – Foto: Divulgação

Padre João Marcos Polak – Foto: Divulgação

Santa Faustina Kowalska, uma religiosa que teve revelações de Nosso Senhor a respeito da Divina Misericórdia, foi escolhida para ser a propagadora da devoção que chegaria ao mundo todo e transformaria muitos corações. Em seu diário, Santa Faustina relata o momento em que Jesus lhe pediu a instituição da festa da Sua Misericórdia: “A Minha imagem já está na tua alma. Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia.” (Diário 49).

Jesus apareceu a irmã Faustina numa cela de um convento da Polônia e lhe recomendou: “Pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós. Desejo que esta imagem seja venerada, primeiramente, na vossa capela e, depois, no mundo inteiro. Prometo que a alma que venerar esta imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte. (…) Quero que essa imagem, que pintarás com o pincel, seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia. Desejo que os sacerdotes anunciem essa Minha grande misericórdia para com as almas pecadoras” (Diário, 47-49).

Portanto, a festa que comemoramos é desejo do Coração de Jesus. “Essa Festa saiu do mais íntimo da Minha misericórdia e está aprovada nas profundezas da Minha compaixão” (Diário 420).

Foi em 2000, durante a canonização de Santa Faustina, que João Paulo II declarou o segundo domingo da Páscoa como o “Domingo da Divina Misericórdia” para toda a Igreja.

“Minha filha, inclinei o Meu Coração aos teus pedidos. A tua tarefa e obrigação é pedir aqui na terra a misericórdia para o mundo inteiro. Nenhuma alma terá justificação enquanto não se dirigir, com confiança, à Minha misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa deve ser a Festa da Misericórdia. Nesse dia, os sacerdotes devem falar às almas desta Minha grande e insondável misericórdia” (Diário 570).

É um tempo propício para recebermos as graças do céu e assim nos deixarmos abraçar por um Deus que não olha para nossas falhas, mas para o nosso desejo de acertar e viver um tempo novo.

Também é uma oportunidade para mergulharmos na misericórdia de Deus com nossa história de vida, com nossas qualidades, mas, principalmente, nossas misérias e fracassos, para que sejamos lavados, purificados e restaurados no Senhor. Pois é promessa de Jesus para essa festa:  “Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Nesse dia estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia estão abertas todas as comportas divinas pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da Minha misericórdia” (Diário 699).

A Festa da Divina Misericórdia propaga a devoção a Jesus misericordioso, com o objetivo de mostrar um Deus amor, compaixão e misericórdia. Um Deus que acredita no ser humano, mesmo que este se sinta um fracassado ou esteja nas piores situações de pecado.

O convite é para todos! Estamos no Ano Santo e temos ouvido falar muito sobre essa palavra “misericórdia”. Mas será que estamos aproveitando as oportunidades dadas por Deus?

Que os raios da Divina Misericórdia atinjam sua vida, sua história!

* Padre João Marcos Polak é membro da Comunidade Canção Nova, formado em Filosofia e Teologia. É natural de São Mateus do Sul (PR)

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