PMDB começa a deixar cargos no Governo Federal

Henrique Eduardo Alves (PMDB) – Foto: Divulgação

Henrique Eduardo Alves (PMDB) – Foto: Divulgação

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), entregou nesta segunda-feira (28/03) a presidente Dilma Rousseff sua carta de demissão. Ele estava no cargo desde 16 de abril de 2015.

Demissionário, Henrique Alves é ligado ao vice-presidente Michel Temer, que também é presidente nacional do PMDB, e que por diversas vezes anunciou que a melhor saída para o partido seria deixar definitivamente o governo.

A decisão, ou não, de deixar o Governo Federal será tomada nesta terça-feira (29/03) durante reunião do PMDB, a ser realizada em local e horário ainda não definidos. Acredita-se que a maioria dos ministros do partido deva deixar os respectivos cargos que ocupam no Governo Federal.

Na carta de demissão, levada por um assessor ao Palácio do Planalto, Henrique Alves afirma que pensou muito antes de pedir exoneração do cargo, mas que diante da crise e, sobretudo, do anseio da população e de seu partido (PMDB), resolveu deixar o Governo Federal.

Independente de nossas intenções, o momento nacional coloca agora o PMDB, o meu partido há 46 anos, diante do desafio maior de escolher o seu caminho sob a presidência do meu companheiro de tantas lutas, Michel Temer”, disse o agora ex-ministro Henrique Eduardo Alves.

Henrique Alves, assim como outros peemedebistas, também é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por supostamente ter se beneficiado do esquema de corrupção que atuava na Petrobras, alvo da ‘Operação Lava Jato’.

Ao pedir demissão, Henrique Alves deixa de ter foro privilegiado no STF, e passará a ser investigado pela Justiça comum em Curitiba (PR), a cargo do Juiz Sérgio Moro.

Leia abaixo a íntegra da carta de demissão do ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves:

Excelentíssima Senhora Presidenta Dilma,

Venho por meio desta carta entregar o honroso cardo de Ministro do Turismo do seu Governo e agradecer por toda a confiança e respeitosa relação mantida durante esses onze meses em que trabalhamos juntos.

Pensei muito antes de fazê-lo, considerando as motivações e desafios que me impulsionaram a assumir o Ministério (e que acredito ter honrado): fazer do Turismo uma importante agenda econômica, política e social do Governo e do País.

Mas, independentemente de nossas intenções, o momento nacional coloca agora o PMDB, o meu partido há 46 anos, diante do desafio maior de escolher o seu caminho, sob a presidência do meu companheiro de tantas lutas, Michel Temer.

Todos – o Governo que assumi e o PMDB que sou – sabem que sempre prezei o diálogo permanente. Diálogo este que – lamento admitir – se exauriu.

Assim, Presidenta Dilma, é a decisão que tomo. Não nego que difícil, mas consciente, coerente, respeitando o meu Rio Grande do Norte, e sempre – como todos nós – na luta por um Brasil melhor.

Estou certo de que, sendo a Senhora alguém que preza acima de tudo a coerência ideológica e a lealdade ao seu próprio partido, entenderá a minha decisão.

Respeitosamente, 

Henrique Eduardo Alves

 

Com informações das Agências Brasil e Estado

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