Produção de aves e suínos sobe em MS, mas custos comprometem rentabilidade do produtor

Foto: Divulgação

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O setor de avicultura e suinocultura em Mato Grosso do Sul encerrou 2015 com aumento no volume abatido, entretanto, o desempenho do setor foi afetado pela alta nos custos de produção, principalmente, em relação à energia elétrica e mão de obra.  É o que mostra o Informativo Casa Rural – Retrospectiva 2015, elaborado pelo Departamento de Economia do Sistema Famasul – Federação de Agricultura e Pecuária de MS.

Em 2015, os abates suínos somaram 1,4 milhão de unidades, com alta de 7,1% em relação a 2014. Com isso, os abates somaram 127,1 mil toneladas. “Precisamos considerar que 90% da nossa produção têm como principal destino o mercado interno, sendo que grande parte é direcionada a São Paulo. Sendo assim, considerando que os outros Estados devem ter optado em exportar sua produção, acabaram absorvendo a nossa carne suína”, explica a gestora do Departamento de Economia do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas.

Os números comprovam a afirmação da economista. De acordo com o informativo, as vendas internacionais do setor totalizaram 14,6 mil toneladas em Mato Grosso do Sul, com queda de 12% em relação a 2014. Porém, no cenário nacional, as exportações do setor atingiram 542,1 mil toneladas.

Na avicultura, o cenário não é diferente, considerando que os abates se aproximaram das 411 mil toneladas, com incremento de 8,5%. “O frango tornou-se, em2015, a primeira opção do consumidor brasileiro diante do aumento do preço da carne bovina. Apesar disso, temos que considerar que no ano passado, a tarifa de energia elétrica, um dos principais insumos deste segmento, subiu mais de 50%”, salienta Adriana.

Os embarques internacionais da carne de frango in natura de Mato Grosso do Sul praticamente permaneceram no mesmo patamar em 2015 em comparação a 2014. As exportações acumularam 170 mil toneladas contra 169,8 mil toneladas verificadas em 2014.

 De acordo com o Departamento de Economia do Sistema Famasul, em 2016 o avicultor e o suinocultor terá que gerenciar ainda mais o controle dos custos de produção. “É a correta gestão que fará a diferença para a rentabilidade do produtor ao longo deste ano. O acompanhamento do mercado também é imprescindível. Como a previsão para o ano é de que a crise ainda se manterá, quem não se adequar e fazer compras e vendas no momento estratégico, acumulará prejuízos”.

Mercado do Leite – A produção deste segmento registrou queda em 2015. A redução foi de 11,6% em comparação a 2014, totalizando 274 milhões de litros em 2015. No Brasil, segundo as informações do Informativo Casa Rural, as vendas externas de lácteos recuaram 11%, acumulando 45,2 mil toneladas. O principal destino dos lácteos brasileiros foi a Venezuela. Para acessar, na íntegra, as informações do Informativo Casa Rural – Retrospectiva 2015, clique em http://zip.net/bgsNbg

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