Cápsula do tempo de 81 anos é descoberta em Washington, nos EUA

Foto: Kirk Boxleitner/Arlington Times

Foto: Kirk Boxleitner/Arlington Times

Uma cápsula do tempo foi encontrada essa semana dentro de uma carcaça de uma bomba de guerra, em um museu de Arlington, em Washington, capital do Estados Unidos (EUA). A cápsula possui cerca de 81 anos e em seu interior foram encontrados vários objetos importantes.

De acordo com informações das Agências Reuters e Associated Press, a carcaça de bomba estava exposta no Memorial American Legion Post 76, onde dois funcionários decidiram abrir o artefato, encontrando a cápsula do tempo. Ambos ficam estupefatos com a descoberta e comunicaram o fato ao diretor do museu.

Dentro da carcaça de bomba havia documentos, revistas, jornais, um menu de um hotel local, um isqueiro de trincheira da Primeira Guerra Mundial, além de uma nota recente, a qual dizia que a garrafa de conhaque que havia sido colocada dentro estava sendo retirada para a fazer a alegria das pessoas que a encontraram. “Muito obrigado pelo conhaque”, dizia a nota encontrada.

Como não havia data na nota, os responsáveis pela descoberta não souberam afirmar quando ela foi escrita, e nem se outros objetos foram retirados de dentro dela, como por exemplo, cédulas de dinheiro, que normalmente são colocadas em cápsulas do tempo.

Dentro da cápsula também foram encontrados sacos plásticos tipo ziploc, que não existiam em 1934, e que provavelmente foram colocados dentro dela com o objetivo de preservar os jornais, revistas e documentos, que poderiam ser perdidos devido a deterioração.

Foto: Kirk Boxleitner/Arlington Times

Foto: Kirk Boxleitner/Arlington Times

Os funcionários do museu não souberam informar quando e como a carcaça de bomba chegou ao memorial, e nem se ele foi doado e/ou comprada.

O pessoal do American Legion Post 76 estão considerando a possibilidade de colocar novos documentos, jornais e revistas dentro da carcaça de bomba, criando dessa forma uma espécie de cápsula do tempo cronológica.

Se decidiram por colocar algo dentro da carcaça de bomba, eles deverão enfrentar um dilema difícil relativo a questões referente ao século 21; quais meios existentes na atualidade serão “à ´prova de futuro?”.

“Nós conversamos sobre armazenar música e fotos em pendrives”, disse Randy Harper, um dos funcionários que descobriram a cápsula do tempo, ao Arlington Times. “Dependendo de como as tecnologias de armazenamento progredirem no futuro, temos medo de que as próximas gerações vejam esses itens e digam: ‘que negócios são esses e o que devemos fazer com eles?”.

Foto: Kirk Boxleitner/Arlington Times

Foto: Kirk Boxleitner/Arlington Times

Ainda segundo Randy Harper, trata-se de uma questão difícil, porque vários equipamentos existentes atualmente podem não estar mais disponíveis em um furto próximo e/ou distante;

“Eu tenho discos rígidos de mais de dez anos (com portas firewire) que eu não consigo acessar com o computador que eu uso. Em minha humilde opinião, eu sugeriria que eles usassem a maior quantidade possível de materiais feitos de papel. E se eles quiserem incluir materiais digitais, usem os dispositivos mais comuns e que tenham as entradas mais convencionais (neste caso, em específico, voto pelo padrão USB), e que tudo isso seja armazenado em formatos de arquivo conhecidos (jpegs, MP3s e documentos do Word?)”.

Vale lembrar que especialistas aconselham a não colocar qualquer tipo de bebida e/ou líquido dentro das cápsulas do tempo, porque caso ocorra um vazamento, todo e qualquer documento feito em papel e/ou equipamentos eletrônicos poderá ser perdido.

Com informações das Agências Reuters e Associated Press

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