Soldados afegãos podem ser vistos montando guarda nas imediações do Aeroporto de Kandahar, no sul do Afeganistão – Foto: Sanaullah Saiem/Xinhua
Um ataque ocorrido na noite desta terça-feira (08/12) contra o Aeroporto de Kandahar, no Sul do Afeganistão, causou a morte de pelo menos 37 pessoas, e deixou outras 55 feridas, das quais sete em estado grave.
De acordo com as primeiras informações, divulgadas agora a pouco pelas principais agências internacionais de notícias, os ataques foram praticados por insurgentes do Talibã, que tentaram invadir e se apoderar do aeroporto, que estava sendo mantido militares do Exército e membros das Forças de Segurança do país.
Testemunhas disseram que houve uma intensa batalha entre as Forças de Segurança e os insurgentes, dentro e ao redor do aeroporto, e que o ataque durou a noite toda. A situação somente foi controlada no início da manhã desta quarta-feira (09/12).
Segundo informações do porta-voz do Ministério da Defesa do Afeganistão, que preferiu não se identificar, moradores que residem nas proximidades do aeroporto foram orientados a permanecerem trancados dentro de casa.
Testemunhas disseram terem ouvido tiros e explosões, e que foram poucos os momentos de trégua entre os dois lados. Muitas pessoas tiveram que deitar no chão das residências, porque as paredes dos imóveis são frágeis, e não suportam os impactos das balas de fuzis.
O ataque ocorrido entre ontem e hoje atingiu um importante e gigantesco complexo aeroportuário em Kandahar, onde ficam localizadas, além de uma área civil, duas bases militares, uma da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e uma do Exército Afegão.
Autoridades afegãs disseram que o ataque ocorreu cerca de quatro horas antes da visita do presidente do Afegão, Ashraf Ghani, ao Paquistão.
A viagem de Ashraf Ghani ao Paquistão tem como objetivo realizar uma conferência regional para impedir novos ataques e atos terroristas nos dois países.
Analistas, no entanto, acreditam que o objetivo de Ashraf Ghani é tentar dialogar com o Talibã, propondo a paz entre o Exército e os insurgentes.
Com informações das Agências AFP e EFE
