Sectei e Fundação de Cultura promovem 5º Simpósio de Educação Patrimonial neste sábado

Foto: Divulgação

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Campo Grande (MS) – A Secretaria de Estado de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei) e a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, por meio da Gerência de Patrimônio Histórico e Cultural/Núcleo Indígena, promovem no próximo sábado, dia 5 de dezembro, o 5º Simpósio de Educação Patrimonial, com o tema Memória e Saberes Indígenas. O evento acontece no Anfiteatro de Múltiplo Uso da Faculdade de Computação (Facom) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), às 8 horas.

A Gerência de Patrimônio da FCMS entende que patrimônio cultural, entendido como todo modo de representação da coletividade humana, é não só o patrimônio material, mas principalmente o patrimônio imaterial contido na memória, nas tradições culturais e nas identidades. Preservar e divulgar essas representações é papel da educação patrimonial, estabelecendo o diálogo e construção conjunta com a sociedade de políticas de identificação, reconhecimento, proteção e promoção do patrimônio.

No que se refere à memória dos povos indígenas, a educação patrimonial é uma ferramenta que, por meio de depoimentos e revelação de documentação histórica, pode contribuir no sentido de passar a história colonialista a limpo e dar a voz e a vez às vítimas, aos oprimidos, em especial os que sempre foram preteridos e relegados a segundo plano e, principalmente, discutir a ampliação das ações que assegurem a adequada proteção e promoção do patrimônio cultural e memória, construindo uma agenda para o desenvolvimento.

O Núcleo Indígena da Gerência de Patrimônio da FCMS é formado pelas coordenadoras Angela Maria Silva e Suelise de Paula Borges de Lima Ferreira. Suelise explica que aqui no Estado pouco se fala da memória dos povos indígenas. “Não temos registro de histórias contadas pelos indígenas. As iconografias muitas vezes são registradas com interferência de outras pessoas. A gente vai tecendo o patrimônio imaterial a partir de elementos críticos, como suicídio, e esquecemos histórias da comunidade que não são registradas. A proposta do simpósio é iniciar essa discussão da memória e registro a partir do protagonismo desses povos sobre seus saberes”.

Confira a programação do Simpósio:

7H30 – Credenciamento

8h – Abertura

8h45- Apresentação Cultural Musical

9h – Palestra l “Comitê da Verdade e Educação Patrimonial

9h30 – Palestra II “Memória Indígena e a Comissão da Verdade” Palestrante: Prof. Doutor Neimar Machado de Sousa – Doutor em Educação pela UFSCar e Professor de Geo-História Colonial na Faculdade Intercultural Indígena – Faind/UFGD, em Dourados – MS. Coordena o Serviço de Documentação e Informação sobre os Povos Indígenas.

10h – Palestra III “Direitos e vivências indígenas no âmbito da Educação Patrimonial” Palestrante: Luiz Henrique Eloy Amado – Indígena Terena. Advogado, Mestre em Desenvolvimento Local em Contexto de Territorialidades e Doutorando em Antropologia Social no Museu Nacional – UFRJ.

10h30 – Palestra IV “Saberes, Memória e Proteção do Patrimônio Cultural indígena” Palestrante: Prof. Dr. Antonio Hilário Aguilera Urquiza. Doutor em Antropologia pela Universidade de Salamanca – Espanha. Professor da UFMS.

11h – Debate

11h30 – Hora da Boia Indígena

As inscrições podem ser feitas até o dia 4 de dezembro, sexta-feira, pelo e-mail gphc.fcms@gmail.com ou pelo telefone (67) 3316-9163.

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