Um bombardeio aéreo ocorrido na manhã deste sábado (03/10) contra um hospital da Organização Médicos Sem Fronteira (MSF), localizado em Kunduz, no Norte do Afeganistão, causou a morte de pelo menos 10 pessoas, e deixou outras 25 feridas. Acredita-se que o ataque tenha sido realizado por engano pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), e que aviões norte-americanos tenham realizado o bombardeio.
A Organização MSF divulgou um comunicado oficial condenando o ataque, e confirmou a morte de médicos, enfermeiros e pacientes. Eles disseram que todas as partes envolvidas no conflito no país foram informadas sobre a localização exata do hospital e de outras instalações da entidade.
Segundo um dos médicos que trabalha no hospital, e que preferiu não se identificar, o bombardeio aéreo durou cerca de 30 minutos e causou pânico entre os funcionários e pacientes.
Em nota distribuída à imprensa, a OTAN confirmou o ataque, mas ressaltou que o alvo não era o hospital. O comando da entidade no Afeganistão lamentou o ocorrido e disse que uma investigação já está sendo realizar para apurar o que de fato teria ocorrido.
Um porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (EUA) disse que um ataque praticado por insurgentes do Talibã contra as Forças de Coalizão e contra um comboio da OTAN causou uma resposta à altura, e que o bombardeio aéreo contra os insurgentes causou “danos colaterais”, atingindo civis e centros médicos humanitários.
O Governo do Afeganistão lamentou o ocorrido e afirmou que o ataque contra o hospital foi feito por aviões e pilotos norte-americanos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o bombardeio contra o hospital da Organização Médicos Sem Fronteira, e afirmou que ataques contra instalações médicas são proibidas, e que elas podem ser consideradas crimes de guerra.
Com informações das Agências France Presse e Reuters