O Estado Islâmico (EI) divulgou nesta sexta-feira (17/07) um vídeo que mostra uma criança-soldado decapitando um prisioneiro na cidade de Homs na Síria. Acredita-se que a vítima seja um soldado do Exército Sírio, capturado por jihadistas islâmicos durante um confronto.
Segundo o porta-voz do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, na Inglaterra, caso as imagens sejam confirmadas verdadeiras, esta será o primeiro caso do tipo, ou seja, que crianças e adolescentes são usados para matar prisioneiros e/ou civis.
De acordo com informações das principais agências internacionais de notícias, o vídeo divulgado hoje mostra uma criança que está entre as centenas que foram sequestradas e/ou recrutadas a força para serem os chamados ‘Filhotes do Califado’.
Os jovens recrutados para pertencerem ao ‘Filhotes do Califado’, possuem entre 10 a 18 anos, e recebem do Estado Islâmico treinamento militar, além de uma severa doutrina extremista islâmica. Todos são sequestrados/recrutados em áreas próximas a escolas, mesquitas, mercados e áreas públicas.
O vídeo divulgado hoje mostra uma criança de aproximadamente 10 anos de idade, vestindo um uniforme camuflado e segurando uma faca. Após, o jovem se aproxima de um rapaz, provavelmente um oficial do Exército Sírio que foi capturado em Homs, e corta a sua garganta.
A sequência mostra a criança de afastando da vítima, que fica agonizando, segurando a faca manchada de sangue. Outros jihadistas que estão localizados nas proximidades festejam o fato e parabenizam o jovem.
Neste momento chega à redação do Campo Grande Notícias, a informação de que o soldado sírio que aparece nas imagens é um oficial do Exército, que foi capturado na cidade histórica de Palmira.
O Estado Islâmico tem decapitado e/ou fuzilado civis e soldados do Exército que não os apoiam, inclusive mulheres, idosos e crianças. Trabalhadores humanitários, jornalistas e turistas estrangeiros também têm sido mortos pelos jihadistas.
Ainda segundo o OSDH, até hoje as crianças e adolescentes que atualmente fazem parte do Estado Islâmico, apenas apareciam em vídeos e fotografias observando das decapitações e/ou fuzilamentos, e não participando ativamente.
Com informações das Agências Reuters e France Presse