Escoamento da produção é um dos temas da Agenda Parlamentar para o Agronegócio e Cooperativismo

Foto: Divulgação

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As ferrovias estão abandonadas e as rodovias estão precárias. A observação do presidente da Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Nilton Pickler, indica uma das principais demandas do setor contempladas nas ações propostas na Agenda Parlamentar para o Agronegócio e Cooperativismo. Elaborada pela Frente Parlamentar Estadual em Defesa do Agronegócio e Cooperativismo, junto com a Famasul e OCB/MS – Organização das Cooperativas Brasileiras, a agenda foi apresentada nesta segunda-feira (22), durante sessão extraordinária na Assembleia Legislativa de MS.

Durante o lançamento, o presidente da Famasul, Nilton Pickler, elencou itens que, para ele, precisam ser priorizados. “Temos que arcar com altos impostos, principalmente da energia elétrica, com falta de segurança jurídica nas questões fundiárias e falta de um seguro agrícola compatível. A insfraestrutura é precária no Estado”, ressaltou Pickler.

Enquanto dentro da porteira o produtor sul-mato-grossense é exemplo de produção, fora da propriedade enfrenta desafios logísticos e de armazenagem. Mato Grosso do Sul possui capacidade estática de 8 milhões de toneladas de grãos, com armazéns mal distribuídos, o que dificulta a logística do escoamento. Chapadão do Sul possui uma estação de drenagem à beira da ferrovia com capacidade para armazenar 800 mil sacas, mas que está desativada.

Além da ativação desta estação, outra alternativa que tornaria viável o escoamento de matéria prima é a ferrovia do município de Porto Murtinho, caminho mais curto para o Porto de Santos. Para o coordenador da Frente Parlamentar, Rinaldo Modesto, com a mudança na rota o frete seria reduzido pela metade e o transporte ficará mais ágil. “Cortando caminho por Porto Murtinho, o produtor pode economizar 50% do gasto com o transporte”, explica Modesto.

A agenda é elaborada desde 2006, ano de criação da agenda, que teve como precursores o então deputado estadual Reinaldo Azambuja, e o atual presidente da Frente, Rinaldo Modesto. O documento, que norteia a cadeia produtiva do Estado, é renovado a cada quatro anos, respeitando o período de legislatura da Casa de Leis. Formada pela Famasul e pela OCB, além da representação legislativa, que busca apoio na bancada federal, a frente é mais uma ferramenta que dá suporte nas decisões principalmente relacionadas as novas matrizes econômicas no estado, como a celulose e ao etanol.

Durante o lançamento da Agenda, o presidente da Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja de MS, Mauricio Saito, falou da necessidade de apoio a entidades que se dedicam à pesquisas no campo. “Em 5 anos, o estado aumentou em 25% a produtividade de grãos, fruto da aplicação de tecnologias a partir de pesquisas realizadas por entidades que se preocupam com o desempenho das lavouras no Estado. Apoiar entidades como Fundação MS, Fundação Chapadão e a Embrapa, é apoiar um trabalho de responsabilidade e resultados permanentes”.

Também participaram do lançamento o presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), Marcos Montes; o deputado federal e vice-presidente nacional da FPA, Tereza Cristina Corrêa; presidente estadual da OCB/MS, Celso Régis; presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mocchi; o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul, representando o Governo de MS, Eduardo Riedel, e o presidente da OCB Nacional, Márcio Freitas.

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