Campo Grande (MS) ainda não possui hidrantes suficientes para atender a cidade, diz relatório do Corpo de Bombeiros

Hidrante localizado na Avenida Fernando Correa da Costa, em Campo Grande (MS) – Foto: Álvaro Barbosa

Hidrante localizado na Avenida Fernando Correa da Costa, em Campo Grande (MS) – Foto: Álvaro Barbosa

Um levantamento realizado pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, o qual foi divulgado esta semana, mostra que a capital Campo Grande não possui o número de hidrantes para atender uma cidade de grande porte, como é a Cidade Morena. Os dados mostram que a quantidade ideal somente será alcançada daqui há 10 anos.

De acordo com os dados que constam no relatório do Corpo de Bombeiros, a cidade de Campo Grande precisa ter 564 hidrantes distribuídos em várias vias públicas, tanto no centro da cidade, quanto nos bairros.

A responsabilidade para a instalação dos equipamentos, necessários em casos de incêndio, é da concessionária de águas e esgotos, ou seja, da Empresa Águas Guariroba.

O contrato estabelecido entre a concessionária e o Corpo de Bombeiros prevê a instalação de três hidrantes por mês, sendo que de março a junho deste ano, foram instalados em Campo Grande 16 novos hidrantes no centro da cidade.

Para agilizar a instalação dos terminais hidráulicos na cidade, o Corpo de Bombeiros encaminhou um ofício a Prefeitura de Campo Grande e a Empresa Águas Guariroba solicitando a ampliação do número de hidrantes instalados mensalmente, dos atuais três terminais para seis. Caso a solicitação seja atendida, haveria uma redução significativa do tempo de espera dos equipamentos, tão necessários em casos de incêndios de grande porte.

Por ter havido um crescimento da cidade nos últimos anos, a instalação de hidrantes na cidade facilitaria o trabalho dos bombeiros em casos de incêndio, principalmente em áreas de risco, ou seja, em locais onde haja um grande número de comércios e indústrias, ou então, onde possa haver grande concentração de pessoas, como por exemplo, edifícios residenciais, universidades e faculdades, condomínios residenciais, entre outros.

Para fazer valer a instalação de hidrantes no município de Campo Grande, o coronel Jairo Kamimura, comandante metropolitano do Corpo de Bombeiros criou em 2007, um Plano de Implantação de Hidrantes na cidade, o qual foi apresentado a uma comissão composta pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semadur), de Infraestrutura (Seintrha), Instituto de Planejamento Urbano (Planurb), Agência Municipal de Regulação (Agereg), Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Defesa Civil, e Empresa Águas Guariroba.

O documento foi elaborado com o objetivo de cumprir as legislações municipal, estadual e federal, e atender as normas técnicas do Corpo de Bombeiros e do Ministério Público.

Alguns problemas, no entanto, puderam ser constatados pelos bombeiros nos hidrantes já instalados na cidade, como por exemplo, alguns que foram instalados em áreas onde não existem construções nas proximidades, e outros que apresentaram problemas técnicos, e não puderam ser usados quando ocorreram incêndios.

Em 2013, quando um incêndio de grandes proporções atingiu e destruiu a Loja Planeta Real, na Avenida Afonso Pena, no Centro de Campo Grande, os militares do Corpo de Bombeiros não puderam utilizar os hidrantes próximos, porque os mesmos não funcionavam.

Caminhões-pipas e viaturas do Corpo de Bombeiros tiveram que trazer água para combater as chamas.

Após esse incidente, os hidrantes foram vistoriados, e ficou constatado que os mesmos estavam com problemas de pressão e de vazão. Testes foram realizados em todos os hidrantes já instalados e 95% deles já estão aptos a funcionar normalmente.

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