Senar/MS lança nova vertente de ATeG para organização da ovinocultura em MS

Turma-piloto conta com 15 propriedades que serão monitoradas durante dois anos de atendimento

Foto: Divulgação

Com o objetivo de mostrar a criação de ovinos como mais uma alternativa de diversificação e aumento da eficiência produtiva para as propriedades pecuárias de Mato Grosso do Sul, o Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural lança neste mês o programa de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial Pró-ovinos.

A motivação surgiu no ano passado, junto com a Associação Sul-mato-grossense de Criadores de Ovinos (Asmaco), com a capacitação de produtores e trabalhadores rurais da ovinocultura, nas áreas de sanidade, nutrição e manejo, como aponta o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito. “O setor vem se destacando nos últimos anos principalmente pela profissionalização dos produtores que, com o atual sistema de produção, têm a necessidade de melhorias na gestão do negócio. Atento a isso, o Senar/MS fez um estudo e viabilizou a implantação de um programa de Assistência Técnica e Gerencial para esta cadeia produtiva”.

 O coordenador da iniciativa, Juliano Coelho Bergler, explica como vai funcionar a turma-piloto, formada por 15 propriedades. “Inicialmente os produtores participam de seis encontros, por meio do programa Negócio Certo Rural em parceria com o Sebrae/MS, e mais uma consultoria in loco para construção do plano de negócio que, cada participante, vai tornar a atividade economicamente viável”.

A médica veterinária e responsável técnica da Asmaco, Ana Cristina Andrade Bezerra, comenta a importância de conhecer e aplicar ferramentas de gestão de forma correta na ovinocultura. “A ATeG é um sonho antigo dos produtores, mas precisávamos da maturidade para poder participar de uma qualificação tão importante. O momento não poderia ser melhor, temos um mercado ávido por mercadoria e continua o questionamento sobre aumentar ou não o rebanho e de que forma fazer isso. Acreditamos que este serviço nos trará ferramentas para essa avaliação e, além disso, gerará informação para qualquer produtor que queira iniciar a atividade conhecendo seus riscos e oportunidades”.

Cenário atual – A ovinocultura no estado ainda caracteriza-se na maior parte como subsistência, ou seja, para atender o consumo interno das propriedades e não tem uma finalidade comercial. A estimativa do rebanho de MS é de aproximadamente 500 mil animais, conforme a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).

Segundo a Associação Sul-mato-grossense de Criadores de Ovinos, a demanda, que ainda é reprimida pela baixa oferta, é crescente e tem abastecido as casas de carne e restaurantes da Capital com produtos diferenciados. Cordeiros de 4 a 5 meses chegam a ser comercializados a R$ 250 por arroba, no mercado de Campo Grande e nos estados de São Paulo e Paraná.

O Senar/MS e a Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, foram os grandes responsáveis pela sensibilização e mobilização do Governo do Estado para a criação e formalização de um modelo inovador de comercialização de ovinos, com as Propriedades de Descanso de Ovinos para Abate (PDOA), em Campo Grande e outra em São Gabriel do Oeste.

“Um formato inédito no Brasil que propiciou aos produtores condições para enviar qualquer quantidade de animais para o abate com igualdade de negociação e remuneração. A iniciativa contribuiu para a formalização da atividade e para o aumento da segurança alimentar da população e sanitária do rebanho em MS”, afirma Saito.

“Desde a criação da PDOA muito se evoluiu. Os abates atualmente são, em sua maioria, feitos dentro do estado e os produtores se organizaram e passaram a produzir um produto com melhor qualidade com volume e regularidade de fornecimento”, aponta Ana Cristina.

Sobre Assistência Técnica e Gerencial – ATeG

É uma metodologia de ensino, de caráter continuado, na qual são oferecidas, por meio de técnicos de campo, consultorias técnicas, gerenciais e tecnológicas, visando contemplar todas as dimensões do meio rural: propriedade, produtor, trabalhador, produção e as famílias.

As visitas são mensais, com duração de 4 horas, no período de dois anos. O trabalho desenvolvido, também prevê capacitação técnica com cursos de FPR – Formação Profissional Rural, incentivo ao associativismo e ao cooperativismo e fomenta a criação de novos canais de comercialização.

Fonte: Assessoria de Comunicação Sistema Famasul

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