Professor de Português aborda o uso de pronomes

Especialista em concursos públicos, Diogo Arrais, do CPJUR, oferece dicas para a utilização adequada da língua portuguesa.

Prof. Diogo Arrais – Foto: Divulgação

É possível que “o, a, os, as” possam ser pronomes demonstrativos, justamente quando equivalerem a “aquilo, aquele, aquelas, isso, essa etc.”. Registrou La Bruyère:

“A vida é uma tragédia para os que sentem e uma comédia para os que pensam.”

No uso de “os” acima, percebemo-los como pronomes demonstrativos. Em outras palavras: A vida é uma tragédia para aqueles que sentem e uma comédia para aqueles que pensa.

Já como artigo definido, pode também fazer enorme diferença em um texto. Vejamos uma curiosa relação com o indefinido “todo”:

“Todo prédio será higienizado.” e “Todo o prédio será higienizado.”

Sem artigo, “todo” é tomado na acepção de “cada um, qualquer” – cada um dos prédios será higienizado.

Com artigo, significa inteiro, total – o prédio inteiro será higienizado.

NOMES PRÓPRIOS GEOGRÁFICOS

Em se tratando de nomes próprios geográficos, o artigo só aparece quando esse nome o admitir obrigatoriamente.

“Todo o Brasil manifestou contra os aumentos nas tarifas aeroportuárias.”

“Toda a Alemanha festejou o ano-novo.”

Isso ocorre porque utilizamos “O Brasil” e “A Alemanha”, mas não “O Portugal” ou “A Paris”. Assim sendo:

“Todo Portugal pediu novas ações contra o terrorismo.”

“Toda Paris se uniu diante da nova política social.”

Por fim, em vez de utilizarmos a expressão “todos dois”, usemos o numeral “ambos”.

“Há interesse na contratação de Sousa e Michel. Ambos jogam muito bem a Série A.”

*Diogo Arrais é professor de Língua Portuguesa do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR) e autor gramatical pela Editora Saraiva

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