New Fiesta Sedã pode sair de linha em 2018

Queda brusca nas vendas de compactos nos EUA pode encerrar produção do três volumes no México, que não terá a nova geração

Ford New Fiesta Sedan (Foto: Divulgação)

Ford New Fiesta Sedan (Foto: Divulgação)

Ainda não é oficial, mas surgem rumores no México de que a Ford deve encerrar a produção do New Fiesta sedã na fábrica de Cuautitlán em 2018. Segundo o site Al Volante, o motivo é a forte baixa nas vendas de compactos nos Estados Unidos, que levaria à troca do três volumes pela minivan C-Max, que deixou de ser produzida na unidade de Wayne, no estado do Michigan. Com isso, o modelo sairia de linha, deixando de ser comercializado também nos mercados da América Latina, incluindo o Brasil.

Com o fim do New Fiesta sedã, apenas o hatch de sexta geração, que acaba de ser reestilizado no Brasil, seguirá em produção na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Caso isso aconteça, o New Fiesta nacional, com visual renovado, passará a ser exportado aos países vizinhos que recebem unidades mexicanas. E o sedã — que sequer recebeu o facelift — deixará de existir. Corrobora com a tese o fato de a Ford já ter confirmado que não venderá o novo Fiesta nos EUA. O compacto chegou à sétima geração este ano na Europa.

Crise Mexicana

Se no Brasil a situação da Ford anda estável, amparada no sucesso do Ka, atual terceiro colocado nas vendas, no México a montadora tem enfrentado problemas. Segundo a reportagem do Al Volante, a marca do oval azul tem perdido espaço no mercado local (caiu para a quarta colocação em vendas no país) e alguns concessionários estão trocando a bandeira Ford pela de rivais como Hyundai, Kia e Toyota. Além disso, há relatos de que reclamações sobre o câmbio Powershift chegaram ao Ministério Público Federal mexicano.

A situação da Ford no México anda complicada desde que a montadora cancelou a construção de uma gigantesca fábrica em San Luis Potosí, que receberia um investimento maciço de US$ 1,5 bilhão. A unidade foi descartada após o presidente dos EUA, Donald Trump, pressionar as fabricantes norte-americanas (General Motors, Ford e FCA) a deixar de produzir veículos na terra da tequila para investir em solo ianque. A pressão anda tão grande por lá que fala-se até no fim da fábrica de Cuautitlán em 2022.

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