Vôlei Nestlé é hexacampeão paulista após batalha decidida no golden set

Equipe de Osasco perde o segundo jogo por 3 a 2, mas conquista o sexto título paulista consecutivo ao fechar o golden set, depois de três horas de jogo que levou ao delírio a torcida que lotou o José Liberatti

Equipe completa festeja (João Pires / Fotojump)

Osasco (SP) – O Vôlei Nestlé é hexacampeão paulista. A equipe de Osasco bateu o Hinode Barueri no golden set e conquistou o sexto título estadual consecutivo. O Hinode Barueri venceu a segunda partida em uma batalha de cinco sets e mais de 2h30, com parciais de 26/24, 25/23, 23/25, 22/25 e 15/12. Mas, no set desempate, deu Vôlei Nestlé por 25/23, para levar à loucura a torcida de cerca de 4 mil pessoas, que lotaram o ginásio José Liberatti e jogaram junto com o time, na noite de sexta-feira (13). O destaque da maratona final do Campeonato Paulista, que demorou três horas para ser definida, foi Tandara com 33 pontos, seguida de Bia, com 19. Agora a equipe volta sua atenção para a estreia na Superliga, na próxima terça-feira (17), às 19h30, diante do mesmo adversário da decisão de hoje, em Barueri.

Tandara salientou a coragem do time e a força da torcida. “Elas vieram muito melhor que no último jogo, com saque mais difícil. Acho que passamos bem, mas faltou um pouco de decisão em alguns momentos. Particularmente, tomei três bloqueios em decisão erradas no golden set (no 23/23) e eu tinha que rodar as duas últimas bolas. Graças a Deus deu certo. Mas o importante é a conquista de mais um título para o Vôlei Nestlé e para essa torcida sensacional, responsável por puxar a gente o tempo todo e nunca deixar de acreditar”, analisou.

Pódio de campeão (João Pires / Fotojump)

Para Bia, o fator psicológico deu o tom da decisão. “Sabíamos que elas iriam jogar bem taticamente, mas entramos muito nervosas em quadra. Apresentamos muitos altos e baixos ao longo do jogo, e fica a lição de que precisamos trabalhar mais para nos tornarmos regulares. Estou muito feliz em trazer mais um título para a torcida de Osasco e para o Vôlei Nestlé pela sexta vez. O troféu continua em casa, mas não tenho nem forças para comemorar depois de seis sets e tanta tensão. Ainda bem que os torcedores estão fazendo a festa. Eles deram um show”, afirmou.

Spencer Lee expressou sua gratidão pela confiança de Luizomar Moura. “Agradeço ao Luizomar, que está comandando a seleção do Peru e me deu a oportunidade de estar à frente desse grupo no Campeonato Paulista. Quero dedicar o título para ele e também agradecer ao Vôlei Nestlé por toda a estrutura”, disse o treinador, que completou. “Foi difícil, Barueri foi taticamente muito bem, soube como anular várias de nossas ações ofensivas, mas prevaleceu a vontade de vencer do nosso time, de se superar e trazer esse torcedor para dentro da quadra e conquistar mais um titulo em nosso ginásio”.

Mari Paraíba concordou. “O jogo foi superação. Todos os sets foram definidos em pequenos detalhes. Voleibol é isso. No primeiro jogo, foi atípico. Atuamos muito bem e elas não conseguiram jogar. Já nesta noite, elas vieram mais fortes, sacaram e passaram bem e viraram as bolas, por isso complicaram para a gente. Mas apesar das dificuldades, estou muito feliz em voltar para Osasco e já conquistar este título”, explicou.

Comemoração (João Pires / Fotojump)

Superliga – Após levantar o troféu do Campeonato Paulista, jogadoras e comissão técnica do Vôlei Nestlé voltam as suas atenções para a Superliga 2017/18. A estreia será na próxima terça-feira (17), a partir das 19h30, em Barueri, novamente contra o Hinode. Já a primeira partida em casa pela competição nacional será na sexta-feira (20), quando recebe o Renata Valinhos/Country, às 19h30, no José Liberatti.

Histórico nas conquistas – A série de seis títulos estaduais consecutivos do Vôlei Nestle começou em 2012, quando venceu o Vôlei Amil, de Campinas. No ano seguinte, bateu o Sesi. Em 2014, a vítima foi o São Cristóvão Saúde/São Caetano. O Sesi voltou a ser o adversário da final em 2015 e novamente foi derrotado. No ano passado, a conquista do penta foi sobre o Pinheiros. São sete decisões consecutivas, com seis títulos e um vice-campeonato em 2011. O clube detém a hegemonia de troféus na competição estadual, com 15 conquistas. O clube da cidade foi campeão nas edições de 1996, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e agora em 2017.

O jogo – Sobrou tensão e emoção no primeiro set da final. Os dois times abusaram dos erros, especialmente de saque, no início da parcial. O Vôlei Nestlé comandava as ações ofensivas para manter a frente do placar e chegou a abrir 14/10. Porém, o Hinode Barueri conseguiu equilibrar e empatar no 17/17. A partir daí, os dois times se alternaram à frente do marcador. Pela equipe da casa, Tandara, Nati e Mari Paraíba comandavam o ataque. Mas foi com Bia, no bloqueio, que o time de Osasco chegou ao set point, no 24/23. As adversárias, contudo, souberam reagir e fecharam por 26/24, em 29 minutos.

Time comemora ponto (João Pires / Fotojump)

O Vôlei Nestlé voltou para o segundo set disposto a empatar. Mas não conseguiu reencontrar seu melhor jogo. Com isso, precisou de toda sua vontade para se manter na cola do Hinode. Após sair perdendo por 2/5 e um pedido de tempo de Spencer, Tandara empatou no 6/6. Apesar da luta, o adversário seguia comandando o placar. Bia, firme nos bloqueios, não deixou a rival desgarrar. E, na base da vontade, Tandara, com uma largada do fundo colocou o time de Osasco na frente pela primeira vez no 19/18. Porém, não foi suficiente para deslanchar, mesmo com bolas importantes de Paula. O resultado foi 25/23 para Barueri, que abriu 2 sets a 0, em 28 minutos.

O Vôlei Nestlé precisava jogar com o coração e com a alma no terceiro set. E jogou. Arrasador, abriu dez pontos de vantagem. Fabíola, que substituiu Carol Albuquerque, conseguiu jogar com o passe na mão e variou bem as jogadas. Tandara seguiu como a bola de segurança e, como sempre, não decepcionou, ajudada por Nati, Paula, Mari e especialmente Bia. O Hinode teve que correr atrás e aos poucos foi diminuindo a vantagem das donas da casa. Quando tudo parecia se encaminhar para uma vitória tranquila, erros das donas da casa permitiram o empate em 23/23. Mas, na hora da verdade, deu Vôlei Nestlé por 25/23, em 28 minutos.

Pode colocar a vitória no quarto set na conta da fanática torcida de Osasco. As mais de 4 mil pessoas que lotaram o ginásio empurraram o time, que saiu atrás, empatou somente no 16/16 e virou para ganhar por 25/22 – em 28 minutos – e empatar a final em 2 sets a 2. O Vôlei Nestlé ganhou força e fez valer toda sua garra. Tandara detonou, virando bolas decisivas e foi maestrina ao chamar os torcedores para jogar junto. O ponto final foi da central sérvia Nadja Ninkovic, que entrou pela primeira vez na partida nessa parcial.

No quinto e decisivo set, o Hinode Barueri começou melhor e a diferença que construiu (chegou a abrir 8/3) no início valeu a vitória. Aos poucos, o Vôlei Nestlé se encontrou, reagiu, encostou, mas não conseguiu a virada. Com isso, as visitantes fecharam em 15/12, em 16 minutos e ganharam a segunda partida da final, empatando a série em 1 a 1, para levar a decisão ao Golden set.

Tandara da linha de três (João Pires / Fotojump)

Golden set – Um Golden set não recomendado para cardíacos. O Vôlei Nestlé começou atrás, cometendo muitos erros de saque e recepção, mas conseguiu equilibrar e virou com um ace de Mari Paraíba no 11/10. Fabíola tirou uma incrível bola de segunda da cartola e mandou no fundo de quadra para fazer 15/13. Tandara engatou uma sequência de saques e as donas da casa abriram 19/14. Quando chegou ao 23/18 e parecia que a vitória estava encaminhada, uma série de erros da equipe de Osasco, incluindo três bloqueios seguidos sobre Tandara, levaram o o jogo ao empate em 23/23. A ponteira mostrou coragem, não se abateu com erros e voltou a virar para decretar 25/23, em 32 minutos e fazer explodir de alegria a torcida que lotou o Liberatti.

Vôlei Nestlé entrou em quadra com Carol Albuquerque, Paula (8), Bia (19), Nati Martins (7), Tandara (33), Mari Paraíba (14) e a líbero Tássia. Entraram Fabíola (4), Ninkovic (4) e Lorenne (7). Técnico Spencer Lee.

Hinode Barueri entrou em quadra com Ana Cristina, Suelle (17), Erika (16), Edinara (24), Francynne (20), Fê Isis (16) e a líbero Dani Terra. Entraram: Saraelen e Sara (4). Técnico José Roberto Guimarães.

Nutrindo os Sonhos dos Jovens – De olho no futuro e na nova geração do vôlei brasileiro, o Vôlei Nestlé reforçou o DNA de seu projeto ao firmar parceria com o Programa Global “Nutrindo os Sonhos dos Jovens”, lançado pela Nestlé na Europa em 2013, e que chegou ao Brasil no final de 2015. A equipe para a temporada 2017/18 deve manter a filosofia de mesclar atletas experientes com jovens, que buscam espaço em um clube tradicional como o Osasco. O programa está voltado para a capacitação de jovens para qualificá-los profissionalmente.

Tandara sobre o bloqueio (João Pires / Fotojump)

Campeonato Paulista – Divisão Especial

Final

9/10 – Hinode Barueri 0 x 3 Vôlei Nestlé – Barueri

13/10 – Vôlei Nestlé 2 x 3 Hinode Barueri – Osasco

Golden Set

13/10 – Vôlei Nestlé 1 x 0 Hinode Barueri – Osasco

Semifinal

3/10 – Vôlei Bauru 1 x 3 Vôlei Nestlé

7/10, 9h30 – Vôlei Nestlé 3 x 1 Vôlei Bauru

Fase classificatória

18/8 – Hinode Barueri 3 x 0 Vôlei Nestlé

25/8 – Vôlei Nestlé 3 x 2 Vôlei Bauru

5/9 – Vôlei Nestlé 3 x 1 Renata Valinhos/Country

8/9 – Sâo Cristóvão Saúde/S. Caetano 3 x 2 Vôlei Nestlé

12/9 – Sesi 3 x 1 Vôlei Nestlé

19/9 – Vôlei Nestlé 3 x 1 Pinheiros

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