Hospital do Rio celebra Dia Nacional de Doação de Órgãos

Referência em transplantes de órgãos no Rio de Janeiro, Hospital São Francisco na Providência de Deus celebra Dia Nacional da Doação de Órgãos com programação especial

Frei Paulo, diretor do HSF; Dra. Deise de Boni, chefe de transplante renal; Dom Orani e Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro – Foto: Divulgação

Entre os dias 25 e 29 de setembro, o Hospital São Francisco na Providência de Deus (HSF), no Rio de Janeiro, contou com programação especial para celebrar o Dia Nacional da Doação de Órgãos. A instituição que, apenas no primeiro semestre deste ano, foi responsável por cerca de 36% dos transplantes de fígado e aproximadamente 70% dos transplantes de rim do estado do Rio, abriu a programação com uma cerimônia que contou com concerto de harpa e a participação de doadores e de toda equipe de transplantes do Hospital.

“Durante essa semana, vamos homenagear os doadores e todos aqueles que permitem que os transplantes aconteçam. Vamos concretizar nossa gratidão aos profissionais do HSF por todo o trabalho, debater sobre o futuro dos transplantes, apresentar resultados e homenagear pessoas que são a representação do que acontece diariamente nos corredores, nos leitos, no Centro Cirúrgico, na limpeza, no atendimento aos nossos pacientes. E, assim, poder dizer que o milagre da vida está dentro de você”, afirmou o diretor do HSF, Frei Paulo Batista, em seu discurso de abertura.

O dia 26 foi marcado pelas palestras dos médicos da equipe de transplante hepático do Hospital, Dr. Felipe Melo e Dra. Samanta Basto, que explicaram como o serviço funciona no HSF. O coordenador da Organização de Procura de Órgãos (OPO-Norte), Dr. Antônio Justo, também falou para os presentes e mostrou como o trabalho da Organização, inaugurada em 2014 no HSF, auxilia a aumentar o número de transplantes. “Fazemos um trabalho de busca ativa, procurando por possíveis e prováveis doadores de órgãos. Também fiscalizamos a documentação, fazemos a entrevista familiar e o aspecto logístico, como agendamento do Centro Cirúrgico e envio de material para exames para ver compatibilidade”, explicou.

Missa do Dia do Doador no HSF – Foto: Mauricio Bazilio/SES

No Dia Nacional da Doação de Órgãos (27), o coordenador do Programa Estadual de Transplantes (PET) da Secretaria Estadual de Saúde (SES), o urologista Gabriel Teixeira, fez um balanço sobre a atuação do Programa e ressaltou o papel do HSF, um dos principais centros transplantadores do estado. O trabalho de captação e transporte dos órgãos também foi destacado com uma homenagem a três oficiais do Corpo de Bombeiros que pilotam o helicóptero da SES, destinado exclusivamente a essa atividade. “Estar aqui hoje foi fundamental para entendermos melhor o que acontece no serviço de transplante de órgãos, além do transporte. Foi muito bom ver o que a gente proporciona com o trabalho em equipe”, disse o Tenente-coronel Fábio Braga.

O quinto dia de evento foi voltado para os transplantes renais, com a apresentação por membros da equipe, Dra. Patrícia Finni e Dr. Ricardo Ribas, dos resultados do trabalho desenvolvido no HSF, que, por exemplo, mantém a taxa de isquemia (prazo entre a retirada do órgão do doador e o seu implante no receptor) em até 18 horas, abaixo da recomendada pelo Ministério da Saúde, até 48 horas. Convidado especial, o nefrologista e diretor superintendente do Hospital do Rim de São Paulo, Dr. José Osmar Medina de Abreu Pestana, falou sobre os benefícios do transplante de órgãos e ressaltou a relevância do Hospital neste cenário: “O HSF está entre os quatro maiores centros transplantadores de rim do Brasil e é o que mais faz transplante no Rio de Janeiro. A importância do trabalho desenvolvido é visível quando olhamos para os números alcançados e para organização da equipe”.

Foto: Divulgação

Encerrando as comemorações, o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, celebrou missa em Ação de Graças pelos doadores e familiares. “Aos 13 anos, fui diagnosticada com a síndrome de Alport, que provoca a perda progressiva da função renal e auditiva. Há cinco anos, entrei em diálise peritoneal e na fila para transplante. Meu sogro acabou sendo o doador. Fiquei 22 dias internada e tive um início de rejeição, mas os médicos entraram com a medicação e agora já estou bem, fazendo exercício quatro vezes por semana, dançando e com uma alimentação saudável”, conta Gabriela da Rocha Bevelacqua, de 32 anos, uma das receptoras a receber a benção do Cardeal.

Inaugurado em fevereiro de 2013, o serviço já realizou 883 transplantes renais e 374 hepáticos no Hospital São Francisco na Providência de Deus, totalizando 1.257 transplantes até agosto do corrente ano.

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