Arte, fé e devoção como alavanca ao futuro!

Banho de São João – Foto: Divulgação

Nascido na cidade de Poloni/SP a 12 quilômetros de Monte Aprazível, ninguém poderia imaginar que seria eternizado como “Tanabi” apelido que ganhou na época do seminário em São Paulo, pois naquele momento morava naquela cidade paulista e era assim reconhecido pelos amigos, inclusive aqui em Corumbá e Ladário desde que chegou em dezembro de 1975.

Aliás chegou praticamente trabalhando no carnaval corumbaense chamado pelo saudoso Rafael Candia para por em prática o projeto de decoração de Jorapimo. Certamente que do papel laminado, crepom e manteiga até o TNT, muitas águas se passaram, assim como muitos janeiros; sem contar a de ser o primeiro “Frei Mariano”.

E toda essa bagagem cultural está sendo aproveitada em nossa região, inclusive por mim, que hoje tenho a oportunidade de ser sua aluna. A gerente do Sesc Corumbá, Thayná Cambará, explica que a proposta é promover e preservar o Patrimônio Brasileiro, fortalecendo a identidade cultural do município. A oficina foi fruto de parceria entre Sesc e IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e conta com o apoio da Fundação de Cultura de Corumbá, sendo concebida para celebrar os 80 anos do IPHAN.

Andores – Foto: Divulgação

Mas eu digo que é muito mais do que isso. A prefeitura da cidade, através da excelente administração de sua Fundação de Cultura, que inclusive reconheceu o trabalho de 86 festeiros como agentes municipais da cultura, espera dez mil pessoas diariamente, nos eventos, que têm o clímax na noite de 23, com o vai e vem das procissões que carregam centenas de andores pela Ladeira Cunha e Cruz para o banho do santo na margem do Rio Paraguai.   Isso sem contar com as presenças de shows nacionais. Certamente o mesmo rio que lava São João e que trouxe diversas correntes migratórias de várias partes do mundo, também alimenta a rica biodiversidade pantaneira, também dará vigor invejável a Tanabi, Cambará e a todos que estiverem imbuídos do propósito de preservar as tradições.

São João faz parte da vida de seus devotos e de quem já teve graças alcançadas e os que ainda buscam alcançar quem tem fé vive em função dela. Para muitos a fé e devoção, é justamente o que nos mantém, as coisas do dia a dia, a cada amanhecer e todo devoto sempre pede força para continuar lutando pelo amor e pelo trabalho e pela vida. Onde a fé une, a alegria reina Amém!

*Apaixonada pela Cultura Ladarense

Um Comentário sobre “Arte, fé e devoção como alavanca ao futuro!”

  1. Onofre Campos disse:

    Excelente artigo, reverenciando a verdade. O trabalho de Tanabi há muito tempo já deveria ter sido reverenciado. Foi agora e de uma maneira histórica e poética. Parabéns ao autor. Exemplo a ser seguido. Não temos heróis se não temos memória.

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