Caravana FCO: Diretor do Sistema Famasul destaca participação do agronegócio regional

Luís Alberto Moraes Novaes, diretor da Famasul – Foto: Divulgação

O Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS esteve presente, nesta quinta-feira (25), em mais uma edição da Caravana do FCO – Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, realizada no município de Corumbá. Durante o evento, diretor da Federação, Luís Alberto Moraes Novaes, falou sobre o patamar sul-mato-grossense no cenário nacional.

Na oportunidade, Novaes ressaltou os números da atividade agropecuária, bem como a participação do setor na composição do VBP – Valor Bruto da Produção e na balança comercial brasileira. “É importante esclarecer que na atualidade 18% dos estabelecimentos rurais do Estado que possuem uma área mediana de 700 hectares são responsáveis por 91% do VBP. Além disso, 95% do que é produzido regionalmente para exportação provém da atividade agropecuária nos complexos soja, carne bovina, cana-de-açúcar e produtos florestais”, detalha.

Bioma Pantanal – O diretor tesoureiro do Sistema Famasul lembrou que, apoiado em pesquisas cientificas e a participação do produtor rural, a região do pantanal em Corumbá consegue manter intacta mais de 86% da vegetação nativa, em 270 anos de ocupação com atividade pecuária. “A informação foi possível através do CAR – Cadastramento Ambiental Rural e, com auxílio da Embrapa Pantanal foi observado que a pecuária contribui para o equilíbrio do bioma, pelo fato dos rebanhos se alimentarem da pastagem nativa que se forma no período de seca. Nosso papel enquanto representatividade do setor é demonstrar que os produtores rurais são responsáveis pela preservação do meio ambiente e merecem todo nosso respeito, afinal são quase seis gerações que se mantém na atividade cuidando e protegendo este patrimônio da humanidade”, avalia.

Novaes destacou ainda, o papel do projeto SIGA – Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio que possibilita o acompanhamento do mapeamento de uso do solo, identificado por regiões, disponibilizando dados dos cultivares existentes no Estado, acompanhamento do plantio e colheita das safras de soja e milho segunda safra. “A tecnologia adotada pelos produtores rurais, seja na agricultura ou na pecuária, reforça os pilares da nossa gestão, apoiado na pesquisa cientifica, empreendedorismo e busca de oportunidades que possibilitem o crescimento da atividade rural”, reforça. A plataforma online de informações é coordenada pela Aprosoja/MS – Associação de Produtores de Soja e Milho de MS, em conjunto com o Sistema Famasul.

O presidente da Faems, Alfredo Zamlutti Júnior, participou do evento e destacou a importância das informações oferecidas pela caravana do FCO ao setor produtivo. “Corumbá possui um potencial de produção importante para o Estado, então é uma oportunidade ímpar que empresários e produtores rurais entendam o funcionamento desta linha de crédito”, avalia.

O diretor de negócios do Banco do Brasil, Marco Túlio Costa, ressaltou que foram disponibilizados, para este ano, R$ 10,3 bilhões em recursos para região Centro-Oeste, sendo R$ 2,3 bilhões para Mato Grosso do Sul, comprovando a credibilidade do setor produtivo no cenário nacional. “Nosso objetivo em idealizar as caravanas é fomentar a economia local e esclarecer todas as dúvidas dos empresários que ainda não tem familiaridade com o FCO. Neste sentido, acreditamos que Corumbá por sua vocação em pecuária e turismo possui o perfil ideal como cliente, basta apresentar projetos financeiramente viáveis e que tenham foco na sustentabilidade”, observa.

O superintendente estadual da instituição financeira, Gláucio Zanettin Fernandes, pontuou a participação do Estado na contratação de recursos. “O produtor rural precisa de liquidez e capital de giro para manter o equilibro financeiro de seu negócio e aqui começa nosso papel enquanto instituição financeira, oferecendo recursos que contemplem as mais diversas atividades rurais e comerciais. O destaque de Mato Grosso do Sul é inegável, visto que responde por 23% dos recursos disponibilizados para o Centro-Oeste, impactando positivamente no saldo de empregos e com uma das menores taxas de inadimplência: menos de 1%”, esclarece.

Sobre o FCO – Algumas mudanças já valem para as contratações de 2017, entre elas: a elevação do teto de exigência de Carta Consulta que era de R$ 250 mil para R$ 1 milhão. Com isso, o produtor rural que apresenta um projeto pleiteando recursos, não precisa da aprovação do conselho até o valor estipulado, bastando que seja correntista e possua limite de crédito.

Outro avanço foi a aprovação do giro dissociado, que passa a ser oferecido dependendo do porte de cada empresa, com limite de até R$ 800 mil reais. O giro dissociado é um recurso para sanear as contas da empresa. Até então o FCO só financiava novos investimentos ou ampliação, agora o mercado passa a contar com mais essa linha de crédito. Toda essa preocupação tem importância porque 51% dos recursos do FCO devem ser aplicados em micro e pequenas empresas, e essas flexibilizações beneficiam os pequenos empreendedores.

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