O Governo dos Estados Unidos (EUA) enviou na manhã desta terça-feira (25/04) à Península Coreana um submarino nuclear, que irá se juntar a outras embarcações já existentes no local, incluindo o porta-aviões Carl Vinson, para oficialmente realizarem manobras militares com a Coréia do Sul.
Analistas internacionais ouvidos pela equipe de reportagem do Campo Grande Notícias avaliam que na realidade as autoridades norte-americanas, entenda-se, presidente Donald Trump, pretendem mostrar força diante das ameaças das autoridades norte-coreanas, entenda-se do ditador Kim Jong-un.
As autoridades norte-coreanas ameaçaram realizar testes com mísseis nucleares no Mar do Japão, provocando tensão na região e duras críticas da Comunidade Internacional.
O submarino nuclear USS Michigan enviado hoje deve chegar ao porto de Busan, no Sudeste da Coreia do Sul, nas próximas horas. O comandante da embarcação recebeu ordens para evitar possíveis provocações com o regime de Pyongyang, capital da Coreia do Norte, mas ao mesmo tempo manter em alerta todos os tripulantes.
O porta-voz do Ministério da Defesa da Coréia do Sul disse em entrevista coletiva, que o submarino nuclear norte-americano dedicará o dia a trabalho de provisão e logística, antes de se unir as manobras militares conjunta.
“O submarino dedicará o dia a trabalhos de provisão e logística antes de se unir às manobras que o Carl Vinson que a marinha sul-coreana prevê realizar no final de semana no Mar do Leste [nome que se dá na Coréia ao Mar de Japão]“, disse o porta-voz.
A chegada do submarino USS Michigan coincide com o 85º aniversário do Exército da Coréia do Norte, comemorado hoje em todo o país. As autoridades norte-coreanas decidiram festejar a data realizando exercícios militares na fronteira com a Coréia do Sul. Estima-se entre 300 e 400 equipamentos de artilharia posicionados em sua Costa Oriental.
Há previsão de que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, realize nos próximos dias o sexto teste nuclear, fato este que poderá causar tensão no Japão e na Coréia do Sul e uma resposta das autoridades norte-americanas.
Imagens de satélite feitas recentemente mostram atividades no Centro de Testes Atômicos de Punggye-ri, no Nordeste da Coréia do Norte. Há cerca de 10 dias as autoridades de Pyongyang realizaram um grande desfile militar exibindo mísseis balísticos intercontinentais, que podem atingir o Japão e alguns países europeus.
O presidente dos EUA, Donald Trump, não descarta a possibilidade de realizar um ataque preventivo na Coréia do Norte, mesmo com a reprovação das autoridades chinesas, aliadas de Kim Jong-un.
Em resposta a Donald Trump, o ditador Kim Jong-un disse que poderá realizar ataques contra navios e bases militares norte-americanos na península coreana e no Japão.
“Se os EUA e os belicistas realizarem um ataque preventivo imprudente, faremos o mais brutal dos castigos“, diz o editorial do Jornal “Rodong Sinmun”, a principal publicação da Coréia do Norte.
Com informações das Agências France Presse e Reuters